domingo, 23 de junho de 2013

Filosofia Renascentista 1° Ano

O RENASCIMENTO CULTURAL E CIENTÍFICO

Movimento de renovação intelectual e artística que atinge seu apogeu no século XVI, influenciando várias regiões da Europa. Com origem no humanismo, a noção de renascimento diz respeito à restauração dos valores do mundo clássico greco-romano.
O ideal de renascentista é marcado pela crença em uma capacidade ilimitada da criação humana. A invenção da imprensa contribui para a disseminação de idéias. O espírito de inquietação estende-se à geografia e à cartografia, e o impulso de investigar o mundo leva às grandes navegações e ao descobrimento do Novo Mundo. Como conseqüências, ocorrem progressos técnicos e conceituais, além de questionamentos que abrem caminho para as reformas religiosas. 
O humanismo, estudo da antiga cultura greco-romana, está na origem do Renascimento e surge na Itália no século XIV. É favorecido pelo progresso econômico das cidades italianas, dominadas por uma rica burguesia, interessada nas letras e nas artes. Seus principais centros são Florença, Veneza e Roma e os primeiros grandes representantes, Francesco Petrarca (1304-1374) e Giovanni Boccaccio. O humanismo desenvolve-se de modo notável e atinge o apogeu na Itália, no século XV, em razão de fatores como a proteção dos mecenas (papas, bispos, reis, príncipes e banqueiros que reúnem obras clássicas, amparam os estudiosos da literatura grega e latina, fundam bibliotecas e embelezam seus palácios e igrejas); a fuga dos sábios bizantinos, grandes conhecedores da cultura clássica, para a Itália e a invenção da imprensa. Seus principais nomes nesse período são Erasmo de Roterdã e Thomas Morus (1478-1535).
O Renascimento italiano é favorecido ainda, além dos fatores determinantes do humanismo, por uma tradição clássica, já que o país abrigou o centro do Império Romano, e pelo crescimento econômico das cidades italianas. Grandes mestres do Renascimento italiano são Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano e Tintoretto. Entre os escritores, destaca-se Maquiavel.
O Renascimento marcou o início dos tempos Modernos no plano cultural. Começou nos fins da Idade Média e atingiu a plenitude entre os séculos XV e XVI. A denominação Renascimento foi resultado da preocupação dos homens que viveram esta evolução cultural, em aproximar a sua época da Antigüidade. Consideravam, portanto que a sua época via renascer a cultura antiga, a partir da qual se orientavam, em oposição à cultura medieval, que desprezavam. Julgavam viver um período de luzes depois das “trevas” medievais.
Houve, portanto, um retorno à cultura greco-romana, tanto no plano artístico como na maneira de pensar.
Isso trouxe a redescoberta do valor e das possibilidades do homem, que passou a ser considerado o centro de tudo. Na Idade Média o centro era Deus.
Foi também acentuada a importância do estudo da natureza.
A característica mais marcante do Renascimento foi o seu profundo racionalismo, isto é, a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa de acreditar em qualquer coisa que não tenha sido provada. Os métodos experimentais, a observação científica, o desenvolvimento da contabilidade, a organização política racional, que começaram no Renascimento, são exemplos desse racionalismo. 
Os artistas de Florença – A maior parte da Itália era dividida em pequenas cidades-estado, governadas por príncipes comerciantes. Esses príncipes não eram filhos de reis, mas de famílias de comerciantes ricos e poderosos. Muitas vezes irrompiam guerras entre eles. 
Florença é uma cidade localizada nos montes toscanos, que ficou famosa por toda a Europa por causa dos tecidos que produzia. Uma das famílias mais influentes de Florença, os Médici, queria ser lembrada assim como outras famílias que lá viviam.
Com o progresso das cidades e do comércio, muita gente enriqueceu a ponto de ficar em condições de proteger os artistas e gastar bastante com a Arte; os protetores dos artistas eram chamados mecenas. Estes acabavam conhecidos e respeitados por todos. A Arte os ajudava a conseguir créditos e a divulgar as atividades de suas empresas, contribuindo para o seu progresso. 
Como o fato de ser mecenas era sinal de prestígio, o interesse social uniu-se ao econômico e ao político da Itália.
As famílias poderosas convidavam artistas para pintar, esculpir e construir prédios para eles, e Florença tornou-se um centro de atividade artística. Foram criadas escolas de aprendizagem, onde eram lidos os livros dos gregos e dos romanos. Em pouco tempo Florença ficou conhecida como uma nova Roma – o mundo Clássico dos Gregos e Romanos havia renascido. 
A perspectiva - Os afrescos, os retábulos e as pinturas decorativas dos palácios eram todos planos e bi-dimensionais. Como pintar o espaço dentro da pintura? Como fazer as coisas perecerem estar à distancia? Os artistas estudaram a ci6encia da perspectiva a fim de fazer suas pinturas parecerem mais realistas – como se houvesse nelas um local tri-dimensional, dando profundidade a pintura. 
A Arte que retrata as pessoas e a natureza - A arte não era mais criada somente para louvar a Deus. As pessoas deram a si mesmas uma nova importância no mundo. Os florentinos tentaram mostrar o mundo da beleza, criado por Deus para os seres humanos. A paisagem montanhosa de Toscana, em volta da cidade de Florença e de seu rio, o Arno, foi estudada. A natureza, a aparência e os pensamentos das pessoas também foram estudados.



PROPOSTA DE ATIVIDADES

I – Exercícios para resolução:

1-O que foi o Renascimento cultural e científico?
2-Por que o Humanismo representa uma das principais características do Renascimento?
3-Explique as mudanças:

a-De visão teocêntrica para visão antropocêntrica; 
b-De visão geocêntrica para visão heliocêntrica;

4-Quais os principais artistas do Renascimento?
5-Explique o que foi o renascimento cultural e científico?
6-Onde começa o renascimento e qual a importância dos mecenas para o seu desenvolvimento?
7-O que é humanismo e por que ele foi tão valorizado durante o renascimento?
8-Quais as principais características do renascimento?
9-Quais as principais transformações provocadas pelo renascimento?
10-Quais as principais características da pintura renascentista?
11-Pesquise informações biográficas sobre um artista renascentista? Pesquise também por imagens de obra desse artista

Entregar as respostas em uma folha de almaço até o dia 28/06.

Adorno Filosofia 3° e 2° anos.

Leia o artigo disponível no link: http://www.urutagua.uem.br//04fil_silva.htm

Assista o vídeo disponível no link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UiVDtWb7K48

A partir das fontes acima faça um texto relacionando a industria cultural para Adorno e o discurso apontado no vídeo do PC Siqueira e Diego Quinteira.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Filosofia Medieval 1° Ano

O desenvolvimento do conhecimento durante a Idade Média conta com particularidades diversas que se afasta daquela errônea perspectiva que a define como a “Idade das trevas”. Contudo, a predominância dos valores religiosos e as demais condições específicas fazem do período medieval apenas singular em relação aos demais períodos históricos. Nesse sentido, o expressivo monopólio intelectual exercido pela Igreja estabeleceu uma cultura de traço fortemente teocêntrico.
Não por acaso, os mais proeminentes filósofos que surgiram nessa época tiveram grande preocupação em discutir assuntos diretamente ligados ao desenvolvimento e à compreensão das doutrinas cristãs. Já durante o século III, Tertuliano apontava que o conhecimento não poderia ser válido se não estivesse atrelado aos valores cristãos. Logo em seguida, outros clérigos defenderam que as verdades do pensamento dogmático cristão não poderiam estar subordinadas à razão.
Em contrapartida, existiam outros pensadores medievais que não advogavam a favor dessa completa oposição entre a fé e a razão. Um dos mais expressivos representantes dessa conciliação foi Santo Agostinho, que entre os séculos IV e V defendeu a busca de explicações racionais que justificassem as crenças. Em suas obras “Confissões” e “Cidade de Deus”, inspiradas em Platão, ele aponta para o valor onipresente da ação divina. Para ele, o homem não teria autonomia para alcançar a própria salvação espiritual.

A ideia de subordinação do homem em relação a Deus e da razão à fé acabou tendo grande predominância durante vários séculos no pensamento filosófico medieval. Mais do que refletir interesses que legitimavam o poder religioso da época, o negativismo impregnado no ideário de Santo Agostinho deve ser visto como uma consequência próxima às conturbações, guerras e invasões que viriam a marcar a formação do mundo medieval.

Contudo, as transformações experimentadas com a Baixa Idade Média promoveram uma interessante revisão da teologia agostiniana. A chamada filosofia escolástica apareceu com o intuito de promover a harmonização entre os campos da fé e da razão. Entre seus principais representantes estava São Tomas de Aquino, que durante o século XIII lecionou na universidade de Paris e publicou “Suma Teológica”, obra onde dialoga com diversos pontos do pensamento aristotélico.

São Tomás, talvez influenciado pelos rigores que organizavam a Igreja, preocupou-se em criar formas de conhecimento que não se apequenassem em relação a nenhum tipo de questionamento. Paralelamente, sua obra teve uma composição mais otimista em relação à figura do homem. Isso porque acreditava que nem todas as coisas a serem desvendadas no mundo dependiam única e exclusivamente da ação divina. Dessa maneira, o homem teria papel ativo na produção de conhecimento.

Apesar dessa nova concepção, a filosofia escolástica não foi promotora de um distanciamento das questões religiosas e, muito menos, afastou-se das mesmas. Mesmo reconhecendo o valor positivo do livre-arbítrio do homem, a escolástica defende o papel central que a Igreja teria na definição dos caminhos e atitudes que poderiam levar o homem à salvação. Com isso, os escolásticos promoveram o combate às heresias e preservaram as funções primordiais da Igreja.


Por Rainer Sousa
Mestre em História

A partir do texto e das aulas faça um comentário no blog explicando:
  • O pensamento de Santo Agostinho (Patristica)
  • O pensamento de São Tomás Aquino ( Escolástica) 
  • As diferenças entre esses dos pensamento
ATENÇÃO: Amanha será postado mais um trabalho de Filosofia do 1° ano, bem como as notas das Provas
  • Fazer ate Quinta feira dia 27/06/2013.